O Procon/MA emitiu um alerta sobre os perigos das pirâmides financeiras e dos falsos investidores que têm causado prejuízos milionários em todo o país. Golpistas se passando por “traders” prometem investimentos com retornos rápidos e superiores aos praticados pelo mercado, atraindo consumidores desavisados.
Uma recente decisão da 12ª Vara Cível de Brasília revelou a gravidade do problema. Na Ação Civil Pública (0741564-40.2023.8.07.0001) movida pelo Instituto de Proteção e Gestão do Empreendedorismo – IPGE, os réus Pedro Intermediação de Negócios LTDA (2PTrader), Pedro Gil Fonseca Duarte, Isabela Fonseca Alves Duarte, Matheus Da Fonseca Correia e Erasmo Cassio Alves Da Silva foram acusados de operar uma pirâmide financeira e lavagem de dinheiro, resultando em prejuízos para consumidores do Distrito Federal e Piauí.
De acordo com a Polícia Federal, os golpistas prometiam ganhos de até 20% ao mês sem mencionar os riscos associados, além de fornecerem informações insuficientes sobre os supostos investimentos. Os valores investidos pelas vítimas variavam de R$ 5.000,00 a R$ 430.000,00, totalizando um volume financeiro suspeito de mais de 10 milhões de reais.
A ação dos criminosos também levantou preocupações quanto à falta de autorização junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o órgão regulador da atividade no país. Embora medidas tenham sido tomadas na esfera penal, a Ação segue para apreciação do juízo, que deverá julgar pedidos de indenização moral e material dos consumidores lesados.
A presidente do Procon/MA, Karen Barros, orientou os consumidores a ficarem atentos a promessas milagrosas, investigarem a origem e o histórico das empresas, e verificarem se possuem autorização da CVM para atuar como investidores no mercado de valores mobiliários. Com essa cautela, é possível evitar cair em golpes e proteger o patrimônio financeiro.