A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta terça-feira, 18, a Operação VAR, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa especializada no furto de cargas dos Correios.
A ação ocorre nos estados do Pará e Maranhão, com o cumprimento de 42 mandados de prisão e 49 de busca e apreensão.
Segundo as investigações, o esquema fraudulento causou um prejuízo superior a R$ 35 milhões aos cofres públicos nos últimos cinco anos.
Como funcionava o esquema?
O grupo criminoso era formado por motoristas e ex-motoristas de transportadoras terceirizadas dos Correios, que atuavam nas rotas entre São Paulo e Belém e São Paulo e Marabá.
Ao longo do tempo, os criminosos desenvolveram técnicas para burlar os sistemas de segurança dos caminhões, como lacres e alarmes, evitando a detecção dos furtos.
O foco da quadrilha eram eletrônicos de alto valor, como celulares, notebooks, tablets e televisores.
Esquema de receptação
Além dos motoristas envolvidos nos furtos, a PF identificou um esquema de receptação e distribuição dos produtos roubados.
Seis lojas de eletrônicos suspeitas de vender os itens furtados foram alvo de buscas e apreensões.
Os proprietários desses estabelecimentos tiveram prisão preventiva decretada, incluindo um comerciante que já havia sido preso em 2021 pelo mesmo crime. Suas duas lojas foram fechadas pela PF.
Os mandados foram expedidos pela 4ª Vara Federal da Seção Judiciária do Pará, que determinou:
– Suspensão das atividades comerciais dos estabelecimentos envolvidos;
– Bloqueio de valores em contas bancárias dos investigados.
Os mandados foram cumpridos em dez cidades paraenses — Ananindeua, Belém, Benevides, Bragança, Capitão Poço, Castanhal, Marituba, Moju, Benevides e Igarapé-Açu — além de Maracaçumé, no Maranhão.