Na manhã de ontem (07), uma adolescente grávida, identificada como Eduarda Salazar, quase deu à luz dentro de uma van no caminho entre os municípios de Estreito, onde estava com a mãe, e Imperatriz após ter sido mandada para casa pelo médico que a atendeu no Hospital Municipal de Estreito. O bebê nasceu prematuro e precisou ser internado em uma UTI neonatal em Imperatriz.
O caso foi exposto pela própria adolescente em suas redes sociais. Segundo o relato, a jovem mãe disse que procurou a unidade de saúde em Estreito na manhã do domingo após sentir fortes dores durante a madrugada. Lá, o médico havia dito que ela não possuía dilatação suficiente que apontasse para um parto, uma vez que a gestação ainda estava em curso e receitou dipirona para as dores.
A mãe conta ainda que pediu uma ambulância para leva-la até Imperatriz, mas sem sucesso. Diante disso, resolveu pegar uma van, que foi onde tudo ocorreu. No percurso, a sua bolsa estourou, entrou em trabalho de parto e só deu tempo de chegar no hospital.
“Se tivesse demorado mais um pouco, com certeza o meu filho teria morrido, pois ele já foi nascendo, não teve choro, não pude pegar ele no colo”, disse a adolescente no relato. “Se tivessem disponibilizado uma ambulância, o meu filho não teria demorado tanto para receber o atendimento adequado”, disse.
A imprensa local classificou o caso como não isolado e chamou a atenção para as dificuldades que mães já vêm enfrentando no atendimento em saúde no município do Prefeito Léo Cunha (PL). Há informações dando conta de que desde que assumiu, mães já perderam seus filhos antes de nascer por falta de atendimento médico adequado, sem qualquer intervenção da gestão nesse sentido.
Nem a Prefeitura de Estreito e a Secretaria Municipal de Saúde se pronunciaram sobre o caso até o momento.
