Principal fornecedora do país precisa entregar até quinta-feira (31) mais de 2.000 toneladas de produtos para abastecer clínicas e hospitais que tratam de doentes renais. A matéria-prima necessária para produção está presa nas barreiras, bem como caminhões vazios que precisam retornar para o reabastecimento e prosseguir com novas entregas em todo país. A falta de combustível também afeta o processo logístico.
“Apesar da vitória momentânea, precisamos normalizar o fluxo de abastecimento de insumos e medicamentos essenciais para todas as clínicas e hospitais do país, que realizam este tipo de tratamento, garantindo a vida de milhares de pessoas”, alerta a nefrologista e gerente médica da Fresenius Medical Care, Ana Beatriz Barra.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Nefrologia, há cerca de 120 mil pessoas fazendo tratamento de diálise em quase 800 clínicas de todo o país. A Fresenius Medical Care é responsável por abastecer 450 dessas unidades de saúde, que atendem mais de 65 mil pacientes com insuficiência renal crônica ou aguda.
Gabinete de crise para garantir tratamento
Desde o início da greve, um comitê de crise foi convocado, envolvendo diversas áreas da empresa, com o objetivo de buscar soluções para garantir a entrega dos insumos e medicamentos e minimizar os impactos causados pela greve.
Fresenius Medical Care – Com sede em Bad Homburg, na Alemanha, é a maior companhia provedora de produtos e serviços para indivíduos com doenças renais, dos quais cerca de 3,2 milhões estão em tratamento dialítico. Por meio de uma rede de 3.790 clínicas de diálise, a Fresenius Medical Care fornece tratamento a 322.253 pacientes ao redor do planeta. A multinacional é também líder na fabricação de produtos para diálise como máquinas e dialisadores. Com time formado por mais de 114 mil colaboradores, distribuídos pelos cinco continentes, a empresa está presente no Brasil há mais de 40 anos.